domingo, 8 de junho de 2014

Ótima Referência

Um sítio de conteúdo consistente

Ricardo Natalichio
Director

Los grupos económicos dominantes no pueden ya silenciar la discusión sobre los alimentos transgénicos, entonces pretenden, a través de los medios masivos de comunicación que también les pertenecen o están comprometidos con ellos bajo una forzosa "obediencia debida", encasillar el tema en la dicotomía de si son o no son perjudiciales para la salud humana, cuando este problema en realidad abarca muchos otros aspectos igual o mas importantes que éste.
Para que una plantación de OGM "rinda" ésta debe abarcar un gran espacio de tierra, lo que significa que se debe disponer de la misma o del dinero para adquirirla o arrendarla y cubrir los costos que significa encarar esta producción.

Este espacio se ocupa entonces con un solo cultivo (monocultivo) y en manos de una única persona o empresa, cuando antes, en la mayoría de los casos era utilizado para el cultivo de varias especies diferentes (biodiversidad) por muchos pequeños o medianos agricultores.
Aquí nos surgen dos nuevos problemas ya que, en primer lugar tenemos el paso de un cultivo diverso a un monocultivo, lo cual causa degradación de la tierra, resistencia a los herbicidas, desaparición de insectos beneficiosos, como los polinizadores, entre otros efectos perjudiciales para el ambiente.

El otro problema que también surge como consecuencia directa es el hecho de que muchos pequeños y medianos productores quedan arruinados y endeudados porque se crea una gran dependencia de insumos, semillas OGMs, herbicidas de Monsanto y carísimas maquinarias de siembra directa o porque arrendaron sus tierras a un precio vil para tal vez recuperarlas algún día cuando se hayan vuelto improductivas, o las vendieron por unas monedas pasando a integrar las masas de desocupados o subocupados urbanas y suburbanas.

Sólo en Argentina se calcula que hay mas de 300 mil pequeños o medianos productores en estas condiciones, con el problema social que esto significa.
También debemos tener en cuenta que algunas especies modificadas genéticamente son contagiosas y pueden infectar a las especies no transgénicas de los campos vecinos. Otro aspecto que no podemos obviar es que muchas veces, para ampliar el terreno cultivable se desmontan grandes extensiones de tierra o incluso se talan bosques enteros, con todos los perjuicios ambientales que esto trae aparejado.

sábado, 7 de junho de 2014

Mosca das Frutas

CTNBio libera experimentos a campo com mosca das frutas transgênica e preocupa importadores europeus
 

Brasil livre de transgênicos e agrotóxicos

Número 676 - 07 de junho de 2014

A CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) autorizou, em abril deste ano, a realização de experimentos a campo com mosca das frutas (Ceratitis capitata) geneticamente modificada. Os experimentos envolvem a liberação de milhões de insetos transgênicos em pomares brasileiros. A data para o início dos testes ainda não foi anunciada.
 
Espera-se que, quando liberados, os insetos transgênicos cruzem com insetos “selvagens” e que as larvas fêmeas geradas por esses cruzamentos sejam incapazes de atingir a fase adulta. Contudo, muitos dos insetos gerados através desse cruzamento morrerão na fase larval dentro das frutas. O objetivo da tecnologia é reduzir a população natural de moscas das frutas, que atacam pomares de diversas espécies. Mas para que se possa atingir este objetivo a proporção de insetos transgênicos no ambiente deve ser 10 vezes maior do que a população selvagem, o que demandaria a liberação de milhões de insetos transgênicos.
 
O Brasil é um grande exportador de frutas como melão, manga, uva, maçã, mamão-papaia e ameixa, sendo a Europa seu maior comprador. Em 2013 a Inglaterra e a Holanda foram responsáveis por quase dois terços das exportações, seguidas pela Espanha, EUA, Alemanha, Portugal, França, Uruguai, Emirados Árabes, Canadá, Bangladesh, Itália e Argentina.
 
No Reino Unido, a ONG GeneWatch está divulgando um alerta sobre o fato de que, com a liberação concedida pela CTNBio, as frutas importadas do Brasil poderão conter larvas transgênicas não autorizadas na Europa.
 
Na Europa vigora a exigência de que alimentos contendo organismos geneticamente modificados tenham sua segurança avaliada e sejam rotulados, embora nenhum procedimento específico tenha sido adotado até agora para identificar a presença de larvas transgênicas em frutas importadas. Além disso, como alerta a ONG, como o mecanismo genético que determina a morte das larvas só afeta as fêmeas, larvas transgênicas macho podem ainda ser transportadas vivas dentro das frutas.
 
 

Confirmada a metodologia contra o Milho


Revista Food and Chemical Toxicology é obrigada a publicar resposta de Séralini
 

Brasil livre de transgênicos e agrotóxicos

Número 676 - 07 de junho de 2014
 
Car@s Amig@s,
 
Em setembro de 2012, a revista científica Food and Chemical Toxicology publicou artigo da equipe liderada pelo professor Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, na França, relatando dados de experimentos de laboratório conduzidos ao longo de dois anos para testar os efeitos de longo prazo do milho transgênico da Monsanto NK 603 e do glifosato, o herbicida utilizado em associação com o milho modificado.
 
O estudo, que foi realizado com 200 ratos de laboratório, revelou uma mortalidade mais alta e mais frequente associada tanto ao consumo do milho transgênico, como do glifosato, com efeitos hormonais não lineares e relacionados ao sexo. As fêmeas desenvolveram numerosos e significantes tumores mamários, além de problemas hipofisários e renais. Os machos morreram, em sua maioria, de graves deficiências crônicas hepato-renais.
 
Enquanto, de um lado, as revelações tiveram repercussões importantes como a publicação em setembro de 2012, pela Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês), de diretrizes para a realização de estudos de longo prazo com ratos (reafirmando aspectos metodológicos usados por Séralini e sua equipe) e a publicação de edital pela Comissão Europeia no valor de 3 milhões de euros para a realização de pesquisas similares, de outro lado – e como não deixaria de ser – a pesquisa de Séralini motivou uma enxurrada de críticas e acusações.
 
Vale lembrar que, antes de sua publicação original, o estudo havia passado por todo o rigoroso rito exigido por publicações científicas renomadas, incluindo a chamada revisão por pares. Não obstante, a violência dos ataques contra a pesquisa orquestrados pelas empresas e cientistas defensores da biotecnologia foi de tal ordem que levou a Elsevier, editora da revista, a “retirar” o artigo, mais de um ano depois da sua publicação. Segundo o editor-chefe da revista, Dr A. Wallace Hayes, o artigo foi retirado apenas pelo fato de “não ser conclusivo”. A consistência científica, os métodos e os resultados da pesquisa não foram questionados pela publicação.
 
Vale lembrar, como dissemos no Boletim 657, que a composição do comitê editorial da revista foi alterada após a publicação dos cientistas franceses – justamente para dar lugar a um ex-funcionário da Monsanto, que desenvolveu o milho NK 603.
 
Finalmente, em maio de 2014, a editora Elsevier obrigou o editor da Food and Chemical Toxicology a garantir o direito de resposta sobre o caso à equipe de Séralini.
 
Na resposta publicada os cientistas denunciam a falta de validade científica das razões apresentadas para a retirada do artigo, explicam porque a linhagem de ratos utilizada nos experimentos é apropriada, e descrevem em profundidade os resultados estatísticos relacionando os parâmetros relacionados ao sangue e à urina às patologias hepato-renais e aos tumores mamários.
 
O editor da revista apenas justificou a retirada da publicação pelo fato de ser impossível concluir pela ligação entre o milho transgênico e o desenvolvimento de câncer – embora a palavra câncer não tenha sido usada no artigo. Nem todos os tumores eram cânceres, embora eles tenham, da mesma forma, levado à morte por meio de hemorragias internas e compressão de órgãos vitais. O Dr. Hayes também havia alegado que 10 ratos por grupo, da linhagem Sprague-Dawley, não permitiam consistência estatística para concluir sobre a toxicidade do milho transgênico e do herbicida Roundup. No entanto, a mesma revista publicou dois outros estudos (Hammond & al., 2004; and Zhang & al., 2014) utilizando o mesmo número de ratos da mesma linhagem e, sem que a consistência estatística tenha sido questionada, deixou passar a conclusão de que os transgênicos testados eram seguros.
 
Segundo o Prof. Séralini, “Somos forçados a concluir que a decisão para a retirada do nosso artigo não foi científica e que o padrão dois pesos e duas medidas foi adotado pelo editor. Esse padrão só pode ser explicado pela pressão das indústrias de transgênicos e agrotóxicos para forçar a aceitação de seus produtos. A evidência mais forte desta interpretação é a indicação de Richard Goodman, ex-funcionário da Monsanto, para o conselho editorial da revista logo depois da publicação do nosso estudo. E o pior é que esse viés pró-indústria influencia autoridades regulatórias como a EFSA que, baseada em estudos medíocres encomendados pelas empresas que querem comercializar seus produtos, emite opiniões favoráveis sobre produtos perigosos, bem como sistematicamente desconsidera as descobertas de cientistas independentes que levantam dúvidas sobre a segurança desses produtos.”
 
O direito de resposta dado à equipe de Séralini não corrige o absurdo que foi a retirada do artigo pela revista científica. É, contudo, um passo importante para o reconhecimento da validade das descobertas da equipe francesa e também na luta contra as tendências editoriais no padrão dois pesos e duas medidas.
 
Leia na íntegra o novo artigo de Séralini e sua equipe na revista Food and Chemical Toxicology:
 
Référence : Séralini, G.-E., Mesnage, R., Defarge, N., Spiroux, J. (2014) Conclusiveness of toxicity data and double standards. Food and Chem. Tox. DOI 10.1016/j.fct.2014.04.018 (article attached).
 
Com informações de: